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Blockchain – A Internet dos negócios

Por Alexandre Farah Diniz on

Inegavelmente, uma das invenções seminais da humanidade foi o comércio. De fato, é consenso entre economistas que existe uma correlação direta entre prosperidade de uma sociedade e o quão intensas são as suas trocas com outras (o que se denomina “grau de abertura da economia”). Na sua essência, sistemas de trocas comerciais, também chamados de rede de negócios, envolvem a transferência de ativos, tangíveis ou intangíveis, entre participantes, em operações denominadas transações, segundo algumas condições, chamadas de contratos.

À medida que as redes de negócios se sofisticaram, passou a ser necessário que se anotassem as transações. Um tipo de registro fundamental em transações comerciais é o ledger (palavra inglesa que significa livro-razão em contabilidade). Ledger é um conceito que data do século XIII e envolve, tipicamente, um balanço inicial de ativos, operações de débito e crédito (em colunas separadas) e um balanço final.

Ainda que com o passar dos séculos tenha diminuído consideravelmente o tempo para se transferir ativos, por conta dos avanços tecnológicos, uma questão que ainda afetava consideravelmente a latência das redes de negócios persistiu: a necessidade de se fazer a conciliação entre os ledgers dos diferentes participantes.

No entanto, em 2008, ocorreu uma revolução silenciosa (ou quase), que mudou esse cenário, com o advento da bitcoin, um ativo digital e sistema de pagamento público, criado, supostamente, por Satoshi Nakamoto. Além da bitcoin em si ser um conceito muito inovador, a mesma, por ser totalmente desprovida de uma autoridade monetária central, baseia-se num sistema de ledger compartilhado, chamado Blockchain.image

Um Blockchain pode ser entendido como uma base de dados distribuída, peer-to-peer (não tem um nó central), que só aceita operações append (inserção no final) de blocos (daí o nome Blockchain) de informações criptografadas de transações, sendo que cada bloco contém também um hash (operação sobre um conjunto de dados que retorna um valor conciso) do bloco anterior, e que cada operação de append só é confirmada após o consenso entre determinados nós participantes.

Ao se examinar o Blockchain, percebeu-se que o potencial do mesmo excedia em muito o da própria bitcoin, podendo revolucionar várias indústrias, desde transferências de dinheiro e operações financeiras envolvendo várias partes até o funcionamento de sistemas de custódia, cadeias de suprimentos, cartórios e processos eleitorais. Isso se deveu ao fato de que o Blockchain oferece privacidade, inviolabilidade, irrefutabilidade e auditabilidade às transações, além do benefício inerente de prover um único ledger acessível a todos os participantes.

Após o surgimento da bitcoin, tem aparecido várias implementações de Blockchain para os novos casos de uso. Propriedades tipicamente encontradas nessas novas versões incluem não-rastreabilidade, permissionamento (para uso em redes fechadas), sistemas de consenso privados (de menor custo computacional) e contratos inteligentes (programas associando transações que deflagram, automaticamente, ações quando determinadas condições são satisfeitas, como, por exemplo, transferência de dinheiro contra recebimento de mercadoria).

Em adição, as novas implementações também aprimoraram aspectos como desempenho, escalabilidade, segurança e disponibilidade.

Blockchain hoje é, indiscutivelmente, um dos temas mais “quentes” da atualidade, com inúmeros projetos piloto em andamento, embora existam poucos sistemas em produção com essa tecnologia, além do bitcoin.

Um exemplo interessante da relevância do tema foi o anúncio pela Linux Foundation do projeto Open Source de Blockchain, em dezembro de 2015, chamado Hyperledger, do qual a IBM é uma das signatárias e principais contribuidoras. No anúncio inicial haviam 17 empresas participantes e atualmente contém cerca de 40, sendo que 2.300 empresas já indagaram sobre a possibilidade de poderem participar!

Por fim, cabe dizer que, não obstante o imenso potencial, o Blockchain ainda não consegue suprir todas as demandas, como, por exemplo, as transações que requerem alto desempenho, envolvem apenas um participante ou pequenos valores, em função do alto custo computacional associado. Mas, isso pode vir a mudar no futuro com novas tecnologias que poderão baratear esse custo.

A maneira como fazemos negócios irá mudar totalmente. Estamos vendo um novo tipo de plataforma que poderá substituir todas as formas conhecidas de troca de qualquer coisa de valor. Antecipe-se, não espere para aderir a essa nova tecnologia que promete ser uma das inovações mais importantes desse século!

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