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Como solucionar o dilema entre gestores e alocadores?

Por Alexandre Farah Diniz on

Para quem participa ativamente do mercado financeiro, estes últimos anos foram de grandes mudanças. Além dos gestores independentes terem conseguido um maior espaço no mercado, diversos outros participantes apareceram, entre eles, distribuidores de fundos, consultores financeiros e Family Offices.

Os distribuidores, ou alocadores, formam empresas diferentes em sua gênese. A prerrogativa é que sejam qualificados para analisar o que existe no mercado como produtos e suas variações e principalmente que sejam especializados em analisar qualitativamente opções de investimento e gestores. Essas empresas tendem a ter uma preocupação mais voltada às necessidades de cada cliente e como extrair os melhores resultados disso. Construir um portfólio de fundos de acordo com o perfil de risco de cada um, conhecer os gestores, saber como eles pensam e o que fazem em momentos de estresse são algumas de suas funções.

Para executarem com critério seu trabalho, os alocadores precisam da maior quantidade de informações possível dos gestores e de seus produtos. Dessa forma, são feitas diversas reuniões e apresentados longos questionários de perguntas com o objetivo de compreender a estratégia de cada tipo de fundo. Para o gestor, muitas vezes essa é uma situação constrangedora, pois muitas vezes o segredo de seu sucesso está justamente na forma como ele executa a estratégia ou os parâmetros que ele próprio definiu para analisar empresas. Simplesmente ter de abrir sua forma de trabalhar sem garantias é um risco considerável.

Por isto, os alocadores precisam além de conhecer, conquistar a confiança dos gestores de forma a extrair deles todas as nuances e variáveis críticas que determinam seus resultados à   longo prazo. Podem, assim, traçar cenários, entender padrões de comportamento em momentos econômicos específicos e saber se agem com lisura em eventos duvidosos de mercado. É muito mais difícil, entretanto, conquistar essa confiança quando existe algum tipo de conflito de interesse na relação entre ambos.

Na prática, alocadores necessitam acompanhar as informações dos fundos que distribuem para melhor gerir recursos de seus clientes. A realidade é que a informação disponível geralmente é incompleta, impedindo que os distribuidores tenham uma base sólida para tomada de decisão. Por outro lado, os gestores têm preocupação justificada em não expor suas posições e estratégias de investimentos a terceiros, e relutam em oferecer o nível de transparência esperado pelos alocadores. Sob pressão dos alocadores, gestores acabam cedendo suas posições, defasadas (no tempo), contudo, e via e-mail, que, no final das contas, não resolve o problema principal e acaba criando outros problemas secundários, entre eles:

Para os Gestores

  1. Perda de oportunidades de negócios ou relacionamento com distribuidores em função da dificuldade em sinalizar boas oportunidades de investimento à alocadores, uma vez que esses dispõem de informações defasadas incompletas para tomar suas decisões de alocação.
  2. Risco de exposição a pessoas não autorizadas, uma vez que não há garantias de que as informações enviadas por e-mail não serão repassadas pelo destinatário a terceiros.

Para os Alocadores

  1. Informações incompletas para consolidar suas posições, uma vez que não há garantias de que carteiras defasadas mantiveram sua estratégia ou enquadramento quando exposições e risco.
  2. Complexidades operacionais para consolidar carteiras defasadas com várias datas diferentes e diversos ativos já vencidos.

Segundo o dicionário Cambridge, Hub significa o ponto central de uma determinada atividade. E foi exatamente esse o conceito que motivou a concepção do Atlas Risk Hub, cujo objetivo é contribuir para aumentar a transparência da indústria de fundos, conectando investidores, alocadores e gestores em um ambiente padronizado e seguro, permitindo que os mesmos troquem informações de carteiras e analíticas em tempo real e sem intermediários.

Na prática, dezenas de gestores nos enviam suas posições periodicamente (milhares de fundos), em arquivos no formato padrão de mercado (XML ANBIMA). Essas posições são validadas, com o objetivo de garantir a sua integridade, criptografadas e, por fim, armazenadas em um repositório seguro. Enquanto um alocador processa suas carteiras, o Atlas Risk consulta as  milhares de carteiras que compõem o Hub e identifica quais quotas de fundos podem ser explodidas ao nível de ativo[1]. A defasagem também é ajustada caso haja carteiras com datas diferentes. Toda essa informação é consolidada e utilizada para o cálculo dos números de risco, exposição e cenários de estresse.  Tudo isso de forma automática e sem a interferência humana.

Desta forma, os alocadores são capazes de consolidar o risco de suas carteiras ou simular, em tempo real, novas alocações em fundos, considerando as reais exposições da carteira final, explodindo e consolidado quotas de fundos ao nível de ativo.

Os alocadores poderão, inclusive, apresentar aos seus clientes análises dos seus investimentos, explorando métricas de risco, cenários de estresse e exposições, tendo sempre a certeza de a informação apresentada é a mais recente, uma vez que está diretamente vinculada às posições dos gestores.

Os gestores, por outro lado, se beneficiam oferecendo um maior nível de transparência de suas operações, sem que haja a necessidade de abrir as suas carteiras ou expor suas estratégias de investimentos a terceiros, contando com uma metodologia que preserva o sigilo das carteiras ocultando ou defasando as informações sobre as posições das carteiras dos gestores. Ou seja, o gestor determina as informações que são compartilhadas com cada cliente e os nossos softwares controlam o resto de maneira simples e automática.

Até as instituições que têm que prestar contas ao Banco Central podem se beneficiar do Hub, uma vez que a exposição consolidada aos fundos de terceiros tem relação direta com o nível de exigência de capital proposto pelo acordo de capital de Basiléia II. Hoje, como essa informação não é capturada de forma trivial, as instituições acabam por trabalhar com premissas e assunções, que nem sempre transmitem a realidade, podendo impactar negativamente no seu grau de alavancagem.

*[1] É necessário que o gestor autorize o acesso do alocador às posições de seus fundos.

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