Diariamente, a tecnologia impacta a nossa sociedade e, consequentemente, nossas vidas. Nas últimas décadas a evolução tecnológica vem ocorrendo de forma cada vez mais rápida e intensa, fato que acabou fazendo com que nos acostumássemos com constantes revoluções nos mais diversos segmentos.
Ainda, vivemos num momento em que informação, dados e conhecimento possuem cada vez mais valor e importância. Assim sendo, não é à toa que a frase “Dados são o novo petróleo”, do empresário britânico Clive Humby, ficou tão conhecida.
No mercado financeiro não é diferente. A tecnologia e os dados vêm recebendo especial atenção e, por tal razão, além das grandes instituições estarem sempre buscando um inovar para entregar melhores experiências para seus clientes, novas startups estão sendo criadas e ganhando força no setor – as “Fintechs”.
E o que aconteceria se as instituições tradicionais se unissem às Fintechs para utilizar tecnologia e dados em prol dos consumidores? Open Banking! Uma nova forma de compartilhamento de informações, produtos e serviços entre instituições financeiras que promete aquecer o mercado, inclusive quanto à procura e oferta de investimentos.
O que é Open Banking?
Uns definem o Open Banking como “modelo de negócio”, outros como “conjunto de regras e tecnologias”. De toda a forma, o “sistema bancário aberto” – em tradução literal – consiste em uma nova forma de integração e troca de informações entre instituições do mercado financeiro devidamente registradas junto ao Banco Central do Brasil.
O Open Banking tem o objetivo de integrar os sistemas de instituições financeiras, de modo que o compartilhamento de dados entre elas seja facilitado (como o histórico de crédito de um cliente, por exemplo).
O intuito é simplificar e otimizar processos do mercado financeiro, proporcionar melhora na experiência do consumidor, além de promover a criação e oferta de produtos e serviços mais competitivos e personalizados. O Open Banking empodera o consumidor que por meio de seus dados consegue ter mais liberdade e controle sobre sua vida financeira.
Objetivamente, com o Open Banking o consumidor poderá utilizar suas informações financeiras (normalmente sigilosas e de acesso exclusivo do local onde este possui conta), para procurar novas opções de produtos e serviços (como financiamentos), sem necessariamente ter que se vincular a uma outra instituição ou realizar qualquer tipo de desvinculação de conta.
Essa nova sistemática é baseada no consentimento do cliente, que apenas terá seus dados compartilhados se assim quiser e expressamente autorizar, conforme dispõe a legislação vigente – especialmente a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). No Open Banking o cliente é o dono de seus dados.
Cenário atual do Open Banking
O Open Banking ainda é considerado uma novidade ao redor do globo, mas sem dúvidas é uma tendência mundial, e diversos países estudam a sua implementação. O Reino Unido foi o pioneiro, tendo implementado a sistemática no ano de 2018.
O Banco Central (BACEN) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) são as entidades responsáveis pela regulamentação do Open Banking no Brasil. O BACEN tem planejamento relativo ao Open Banking desde 2019, o qual indica que sua implementação será realizada em 4 etapas.
- 1ª etapa: já concluída, tratou da disponibilização, por parte das instituições financeiras, ao público em geral de informações padronizadas sobre seus canais de atendimento e as características dos produtos e serviços bancários tradicionais que estas oferecem;
- 2ª etapa: com previsão de encerramento em 15 de julho – diz respeito à autorização do consumidor quanto ao compartilhamento de seus respectivos dados;
- 3ª etapa: essa, por sua vez, consiste na oferta “aberta” de serviços e produtos aos consumidores;
- 4ª etapa: cuidará da ampliação dos dados passíveis de compartilhamento e dos serviços e produtos passíveis de serem ofertados.
O processo de implementação teve início em fevereiro deste ano e tem previsão de finalização para dezembro, quando muito provavelmente o Open Banking já estará em pleno funcionamento.
Qual o impacto para o mercado de investimentos?
A contratação de operações de investimento apenas estará disponível no mês de dezembro de 2021, quando da finalização da quarta etapa do processo de implementação do Open Banking no Brasil.
Além de questões concorrenciais, da otimização de processos do sistema financeiro nacional, e da melhora da experiência do cliente, com o Open Banking o BACEN acredita que ocorrerá um fortalecimento da educação financeira em nosso país, o que acaba gerando maior inclusão.
Ainda, com tais inovações e com possibilidade de maior personalização de produtos e serviços, se espera um impulsionamento do interesse sobre o mercado financeiro, interesse esse que poderá (e provavelmente irá) atingir correntistas dos mais variados perfis e segmentos sociais.
Desafios para implementação
Por mais que as expectativas depositadas sobre o Open Banking e sua respectiva implementação sejam as melhores possíveis, é inegável que existem desafios que devem ser superados para um efetivo funcionamento do sistema.
O modelo de Open Banking adotado no Brasil utiliza de regulação e autorregulação. Atualmente, a regulação vigente sobre o tema é representada por atos normativos do BACEN e do CMN, os quais dispõem, sobre os mais diversos tipos de responsabilidades das instituições financeiras e de seus dirigentes.
Por sua vez, a autorregulação caberá aos participantes do Open Banking, que deverão apresentar ao BACEN propostas relativas às tecnologias que pretendem utilizar, padronização de processos e métodos de resolução de controvérsias.
Ademais, outro ponto que merece atenção especial é a garantia de um ambiente seguro para os consumidores no tocante aos seus dados. Para tanto, não basta apenas que as instituições financeiras participantes do Open Banking tenham sua atuação aprovada pelo BACEN, é preciso também a realização de alto investimento em segurança da informação.
BRITech e o Open Banking
A BRITech está sempre atenta aos movimentos relativos à inovação dentro do mercado financeiro. Com grande entusiasmo temos acompanhado o processo de implementação do Open Banking no Brasil, aprimorando nossas integrações.
O estímulo a um ambiente competitivo e ao mesmo tempo saudável é de fundamental importância para a formação de um ecossistema forte dentro do sistema financeiro nacional. Além do mais, o maior acesso a investimentos é um grande passo para a inclusão e aumento de investidores em nosso país.
Temos o compromisso de sempre aperfeiçoar nossas soluções, entregando mais e melhores produtos e serviços para melhorar a experiência dos nossos clientes e antecipar movimentos de mercado.
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