Crédito privado além do óbvio: como escalar FIDCs com tecnologia, governança e conformidade com os códigos da ANBIMA

Crédito privado além do óbvio: como escalar FIDCs com tecnologia, governança e conformidade com os códigos da ANBIMA

Crédito privado além do óbvio: como escalar FIDCs com tecnologia, governança e conformidade com os códigos da ANBIMA

O Brasil continua sendo reconhecido como o país da renda fixa. Mas o movimento recente mostra uma virada importante: a expansão dos FIDCs e de outros instrumentos de crédito privado está desafiando esse script.  

O investidor quer rendimento previsível, sim, mas agora também busca diversificação, sofisticação e retorno acima do CDI 

Para gestoras e administradoras, isso representa uma janela de oportunidades, mas desde que estejam preparadas para escalar com tecnologia, governança robusta e conformidade com os códigos da ANBIMA e as exigências da RCVM 175. 

 

Crédito privado em ascensão 

O apetite por crédito privado está crescendo em ritmo acelerado.  

A procura por FIDCs bateu recordes e atraiu inclusive pessoas físicas, antes afastadas desse tipo de veículo, alcançando a marca de 19,08 bi no primeiro semestre de 2025, segundo dados disponibilizados pela Upbar – núcleo relativo à finanças democratizadas. 

Esse avanço é explicado por dois fatores principais: 

  • Selic ainda elevada, pois o investidor busca alternativas com prêmios adicionais; 
  • Evolução da indústria, uma vez que a estruturação de fundos ficou mais robusta, oferecendo maior segurança e transparência. 

Na prática, isso significa que o mercado de crédito privado não é mais um nicho de grandes instituições, ele se tornou parte do portfólio do varejo sofisticado. E o papel da tecnologia, nesse contexto, é garantir que os processos estejam alinhados às boas práticas de controles internos, diligência prévia e prestação de informações, conforme exigido pela ANBIMA. 

 

Renda fixa x Bolsa: a lógica do risco 

A renda fixa mantém seu apelo porque oferece menos volatilidade do que a Bolsa. Mas a equação mudou: o risco central agora é o de crédito. 

E aqui está o ponto crítico: não basta ter produto atrativo, é preciso provar capacidade de gestão, qualidade de dados e governança. Em um mercado cada vez mais competitivo, a execução operacional é o verdadeiro diferencial. 

Imagine gerir uma carteira carregada de debêntures de diferentes setores, como por exemplo, energia, varejo e infraestrutura.  

Um atraso no pagamento de uma distribuidora de energia, uma reestruturação inesperada de dívida no varejo ou um downgrade em uma concessionária de rodovias podem corroer o rendimento projetado em questão de dias.  

Nessa hora, não é a taxa prometida que sustenta o investidor, mas a confiança na diligência do gestor: sua habilidade em monitorar o mercado, antecipar riscos de liquidez e agir rápido na alocação de ativos.  

É nesse espaço, entre gerir o número no prospecto e a gerir a realidade do mercado, que sua casa de gestão será medida. 

 

FIDCs: de fundo restrito a vetor de crescimento 

O crescimento dos FIDCs impõe desafios crescentes de governança, segregação de atividades e prestação de informações padronizadas aos investidores, todos princípios reforçados pelo Código de Administração e Gestão de Recursos de Terceiros da ANBIMA. 

Por outro lado, eles se consolidaram como um dos veículos mais promissores da indústria de fundos no Brasil. Cresce o número de séries, a diversidade de originação e a participação de investidores de varejo. 

Esse movimento, contudo, traz novas exigências. Não basta captar recursos: as gestoras precisam provar sua capacidade técnica e operacional em todas as frentes do ciclo de vida do fundo. Isso significa dominar operações críticas, de ponta a ponta, como exige o Código da ANBIMA:

  • Originação e custódia de recebíveis, com controles eficazes para assegurar sua veracidade, formalização e rastreabilidade;
  • Cálculo de cotas e enquadramento regulatório, com aderência ao artigo 8º do Código de Administração da ANBIMA, que trata da precificação e controle de risco;
  • Reporte contínuo e padronizado, conforme as Regras e Procedimentos de Deveres Básicos da ANBIMA. 

Sem tecnologia, esses processos tornam-se gargalos e limitam a escala. 

 

Do manual ao escalável: como preparar a operação 

Escalar em crédito privado não é apenas captar mais recursos ou estruturar novos fundos. O verdadeiro desafio está na estrutura interna da gestora: transformar processos que historicamente eram manuais, fragmentados e altamente dependentes de planilhas, em uma infraestrutura tecnológica capaz de suportar o crescimento com segurança e eficiência. 

A exemplo, este ano a Anbima iniciou uma pesquisa para mapear as Assets em governança corporativa, indicando que o mercado de renda fixa amadureceu ao ponto de responder por 58,9% de todo volume investido no país, totalizando R$ 4,68 trilhões ao fim de junho.  

Sua operação está preparada para escalar? 58,9% do mercado está e você não pode perder o ritmo desse crescimento.  

Isso exige uma arquitetura operacional que funcione como um motor silencioso, mas essencial, capaz de sustentar centenas de operações diárias sem aumentar proporcionalmente os custos ou os riscos. Na prática, essa transformação passa por alguns pilares: 

  • Integração com múltiplos sistemas (CNAB, API, XLSX): a originação de recebíveis e a relação com bancos, fintechs, bureaus de crédito e distribuidores demandam integração com diferentes padrões de dados. Uma gestora que não automatiza essa ponte perde velocidade e corre risco de inconsistências no fluxo de informações
  • Processamento em lote com validações automáticas: ao invés de lidar manualmente com cada operação, o sistema precisa processar grandes volumes de dados de uma só vez. 
  • Conciliações automáticas e em tempo real: no modelo manual, conciliações podem levar horas ou até dias, comprometendo decisões estratégicas e relatórios para investidores. 
  • Relatórios regulatórios digitais (PDF, XML, JSON): a pressão por transparência é crescente. CVM, B3 e auditores demandam padronização e consistência. Automatizar a geração de relatórios em diferentes formatos elimina gargalos e garante conformidade regulatória. 
  • Adequação às exigências de novas legislações: a agenda regulatória é dinâmica e impacta diretamente fundos de crédito. A infraestrutura deve permitir ajustes rápidos nas exigências de compliance sem comprometer a operação, transformando o que seria uma ameaça em diferencial competitivo.
  • Portais para investidores com dados atualizados e acessíveis: além de reguladores, o investidor, especialmente no varejo, exige transparência e clareza. Disponibilizar dashboards com performance, composição de carteira e indicadores de risco em tempo real eleva a confiança e fortalece a relação comercial. 

Com essa base, os KPIs de eficiência deixam de ser apenas métricas internas e passam a se tornar indicadores de competitividade no mercado, com: 

  • Tempo médio de conciliação: de horas/dias para minutos
  • Taxa de automação: proporção de processos executados sem intervenção manual
  • Erros por mil operações: métrica que impacta diretamente custos, credibilidade e capacidade de escalar. 

A transformação digital do Backoffice também deve estar em linha com as exigências de controles internos eficientes, evitando retrabalhos e erros que impactam a conformidade com os códigos e com a RCVM 175. 

No fim, a equação é clara: quanto mais manual for a estrutura interna da gestora, menor será a escalabilidade; quanto mais automatizado, maior o potencial de crescimento sustentável. 

O crédito privado abriu um novo campo de crescimento, mas o verdadeiro diferencial competitivo não está apenas no produto, está na capacidade de escalar com eficiência e governança. 

As gestoras que conseguirem transformar processos manuais em workflows digitais estarão prontas para capturar margens maiores.  

Sua gestora está preparada para escalar crédito privado na mesma velocidade que o mercado exige, sem comprometer governança, eficiência ou margem? 

A BRITech oferece uma plataforma completa para apoiar gestoras na jornada de escalabilidade e conformidade, com módulos integrados para: 

  • Cálculo de cotas e apuração de performance; 
  • Conciliação automatizada de recebíveis; 
  • Geração de relatórios regulatórios nos formatos exigidos (XML, PDF, JSON); 
  • Portais digitais para cotistas com dados em tempo real; 
  • E atualização contínua para aderência às novas exigências da CVM e da ANBIMA. 

O futuro da renda fixa é digital, e começa agora. A BRITech já apoia gestoras e administradoras nesse processo. Entre em contato clicando neste link e agende uma demo agora mesmo. 

 

 

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