Como calcular o risco e retorno de investimento
Nos últimos três anos, o mercado de capitais mostrou que nem o investidor mais experiente está livre de riscos. A pandemia de coronavírus, o agravamento da inflação no país e o vai e vem na taxa de juros são fatores que têm provocado um gosto amargo na boca dos investidores.
Uma forma de proteger a carteira contra as oscilações no mercado é conseguir avaliar não só a perspectiva de retorno robusto no portfólio, mas os riscos envolvidos no investimento. Muitos investidores já perderam dinheiro por não considerarem todos os riscos envolvidos na tomada de decisão.
Há uma teoria, proposta pelo economista norte-americano Harry Markowitz, que todo investidor deveria conhecer. A “Teoria Moderna de Portfólios” diz que a relação entre risco e retorno pode ser calculada de forma eficiente e que o investidor deve ter diferentes estratégias dentro da sua carteira como um todo.
Segundo Markowitz, quanto menor ou mais negativas forem as correlações entre os ativos, menor será o risco total da carteira de investimentos. Aliás, temos um conteúdo especial que ensina como aplicar essa teoria de forma efetiva.
Em geral, o fenômeno acontece com mais frequência em fundos com maior volatilidade, como os fundos de ações e multimercados. Mas todas as classes de ativos estão sujeitas aos riscos do mercado.
O que é risco de investimentos?
Todos os investimentos possuem uma dose de risco. Até a poupança, considerada um dos produtos mais conservadores e seguros, entra no campo negativo quando a taxa de juros, a Selic, está baixa.
No mercado financeiro, o risco é calculado com base na possibilidade de um ativo sofrer prejuízo. Isso significa que, quanto maior o risco de um produto, maior é a chance de um investidor ter perdas na carteira – seja na renda fixa ou na variável.
No universo das finanças, há diversos fatores que influenciam nessa variável. A inflação nas alturas, o câmbio, eleições presidenciais, a guerra no Leste Europeu, taxa de juros mais altas, a falência de grandes empresas e, principalmente, a situação de crise econômica no Brasil e no mundo.
Como não faltam motivos para oscilação no mercado, não é possível quantificar exatamente o risco de cada ativo. E é aí que entra o retorno.
Qual é a relação entre risco e retorno de investimento?
Para compreender melhor a relação entre risco e retorno e o impacto na rentabilidade da carteira de investimento, vamos para um exemplo prático.
Suponhamos que um determinado fundo de investimento tenha rentabilizado 1% em um mês, com rentabilidade semelhante entre as duas quinzenas. Caso o investidor realize uma única aplicação no 15.º dia desse mês, o seu retorno aproximado será de 0,5%.
Neste caso, se o investidor criou um portfólio apenas com esta aplicação, duas soluções poderiam ser utilizadas :
1) Desconsiderar o retorno e concluir que o tempo de aplicação foi insuficiente. Afinal, os próprios fundos de investimentos costumam aplicar esta solução quando não possuem histórico de retorno completo no período;
2) Fazer uma equivalência. Ela pode ser calculada de forma matemática, linear ou exponencialmente, extrapolando o retorno de 15 dias para o mês completo.
Como acontece o risco e o retorno de investimento no mercado?
É comum que o investidor realize mais de uma aplicação em um mesmo fundo ao longo do tempo. Quem refaz aportes precisa conhecer as formas de calcular o risco e o retorno de portfólio. São elas:
– Taxa Interna de Retorno (TIR): o cálculo prevê uma taxa de retorno hipotética para um determinado investimento ao longo do tempo. O indicador serve como um parâmetro para medir o desempenho.
Este é o método de cálculo que pode apresentar as maiores diferenças entre os resultados obtidos pelo portfólio e pelo fundo aplicado, pois as aplicações de maiores valores terão impacto mais significativo na apuração final do retorno.
– Método da cota: ele é usado para o cálculo de rentabilidade, mas pode produzir diferenças em relação ao retorno do fundo aplicado.
Passado o tempo decorrido no primeiro exemplo que abordamos, o método por cota também pode apresentar diferenças em relação ao retorno do fundo. Isso se dá pela diferença dos valores carregados em caixa e não remunerados ao longo do período.
Como calcular o risco e retorno?
Por conta das movimentações do mercado, já é esperado que portfólios detenham caixa residual em diferentes momentos do tempo. No entanto, o montante pode ser pouco ou nada rentabilizado no período.
De todo modo, deve ser adicionado no cálculo do patrimônio inicial e final. O impacto deste fenômeno é mais notável quando existem quantias substanciais envolvidas em relação ao valor total do patrimônio.
Vale citar ainda o impacto das taxas sobre o retorno do portfólio. As tarifas de administração e performance são comuns na indústria. Nestes casos, o retorno do portfólio sofre um impacto negativo, que deriva das despesas de administração dos gestores que cuidam das alocações. Esse fator, porém, pode contribuir para a distorção em relação ao retorno do fundo.
Além do risco e do retorno de portfólio, é preciso que o gestor se preocupe também com os demais aspectos envolvidos na alocação de ativos. Neste contexto, um sistema completo e robusto de gestão de investimentos pode fazer toda a diferença.
A gestão de riscos permite um maior equilíbrio do negócio, evitando grandes perdas por causa da volatilidade do mercado, ou seja, é uma forma de encontrar meios de mitigar as probabilidades de erro. Na BRITech, o investidor tem o suporte completo para avaliações de riscos. Isso é possível com o auxílio dos gestores, que contam com uma plataforma para gestão de fundos para cuidar de todo o gerenciamento de ativos.
Como melhorar a relação entre risco e retorno?
A melhor forma de atenuar o risco de um investimento e obter uma rentabilidade maior é diversificar a carteira de investimentos. A premissa já é antiga no mercado financeiro, mas cada vez mais necessária em momentos de crise e instabilidade no País.
A estratégia consiste em encontrar um equilíbrio entre risco e retorno ao investir em diferentes classes de ativos. Os especialistas recomendam destinar uma porcentagem para ativos de renda fixa, como CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA, e outra para renda variável, como ações, fundos, BDRs e ETFs.
Vamos imaginar que o investidor fez uma alocação 100% voltada para a renda variável e a bolsa de valores começa a cair. Resultado? Todo o patrimônio investido está em risco.
Ao destinar parte do valor para um ativo mais seguro, por exemplo, o investidor se protege das oscilações e garante que, em momentos de estresse no mercado, há outras aplicações garantindo a rentabilidade.
A palavra de lei para melhorar a relação entre risco e retorno sempre será diversificação. Mas será que você sabe como fazer corretamente essa avaliação? Veja como a BRITech pode ajudá-lo.