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3 principais tendências dos fundos ESG para os próximos anos

Por Alexandre Farah Diniz on

Os fundos ESG foram um dos assuntos mais importantes dos últimos anos para o mercado financeiro. Afinal, a sustentabilidade e preocupação com práticas de governança estão cada vez mais em alta, levando muitos fundos a se adaptarem a esta realidade. Cunhada pela primeira vez em 2005, em uma ata da Organização das Nações Unidas intitulada como “Who Cares Wins”, a sigla ESG significa Environment, Social and Governance (meio ambiente, social e governança). O documento que deu origem ao termo foi assinado por nove países, incluindo o Brasil. Na época, seu objetivo era introduzir práticas e diretrizes sobre esse tipo de investimento. Quase 20 anos depois, o ESG é tema praticamente obrigatório para empresas, governos e grandes fundos.
Conheça agora o que são os fundos ESG, sua importância e as principais tendências de mercado para os próximos anos.

Por que fundos ESG viraram tendência?

A crescente adesão aos fundos ESG é o resultado de uma série de fatores que vêm impactando o mercado financeiro nos últimos anos. Isso porque além do interesse em atender as exigências de um público mais consciente e preocupado com questões sociais e ambientais, as companhias buscam um melhor posicionamento da sua imagem frente ao mercado. Além disso, a inclusão do padrão ESG nos negócios pode beneficiar as organizações com incentivos fiscais e a diminuição de riscos associados a danos ao meio ambiente, por exemplo.
Embora a adoção aos critérios ESG esteja bem desenvolvida em mercados como o europeu, no Brasil o tema ainda não é muito debatido. Por exemplo, segundo dados de um levantamento realizado pela ANBIMA realizado com gestoras e administradoras de recursos, apenas 48,54% das empresas possuem alguma política ou documento geral sobre investimento responsável. No entanto, 20,39% das organizações já estão se organizando para se adequar a essa realidade.
A Mckinsey, uma renomada empresa de consultoria global, realizou uma série de estudos para tentar explicar porque o ESG se tornou uma tendência mundial. Foram identificados três motivos:

Aumento da demanda por produtos e serviços que observam os critérios ESG

Conforme dados dos estudos mencionados acima, mais de 70% dos consumidores pesquisaram compras em vários setores, incluindo automotivo, construção, eletrônicos e embalagens.Esse mesmo grupo afirmou que pagaria até 5% a mais se os produtos ecologicamente corretos atendessem aos mesmos padrões de desempenho que alternativas “não verdes”.

Redução de custos

O ESG também pode reduzir significativamente os gastos operacionais, como o uso de matérias-primas ou custos de eletricidade. Aqui podemos citar um exemplo brasileiro do Grupo Casino, dono da rede Pão de Açúcar, que criou uma empresa chamada GreenYellow para auxiliar na transição energética em seus supermercados. O resultado não poderia ser mais eficiente. Através de medidas simples como a instalação de iluminação LED e colocação de portas das geladeiras, a organização teve um lucro de R$ 166 milhões em 2020.

Aumento da produtividade

Saber lidar com os colaboradores com empatia e proporcionar-lhes um ambiente adequado e satisfatório, também é um dos pilares do movimento ESG. Isso pode ser constatado no estudo do pesquisador Alex Edmans, professor da London School of Economics, onde as empresas que conseguiram estabelecer uma conexão entre funcionários e os valores internos obtiveram retornos mais elevados sobre suas ações.

Posicionamento das organizações frente às práticas ESG

No início do ano a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais) publicou um levantamento inédito que revelou o que as instituições pensam sobre as práticas de sustentabilidade.
O estudo também identificou cinco perfis de comportamento entre os participantes:

  • Desconfiados: entendem que as práticas ESG ameaçam o desenvolvimento dos negócios;
  • Distantes: associam o tema ESG apenas às questões ambientais;
  • Iniciantes: também restringem o ESG no aspecto ambiental, porém praticam ações concretas nessa direção;
  • Emergentes: compreendem a importância das práticas ESG e buscam implementar algum processo nessa área;
  • Engajado: enxergam a sustentabilidade de forma estratégica e alinham os seus produtos e serviços com as boas práticas em ESG.
  • O resultado dessa pesquisa apontou que o mercado possui um entendimento bastante heterogêneo no que diz respeito ao ESG. Outro dado bastante interessante trazido foi o de que 67% do mercado entende sustentabilidade como algo distante.Sendo assim, ainda que a preocupação com o meio ambiente não seja prioridade para todos os negócios, a tendência é de que o mercado vá aderindo, de forma gradual, às boas práticas de ESG.
    Carolina Souza, Gerente de Produto da BRITech, reforçou em uma entrevista para o Diário do Comércio que:“ À medida em que as empresas incorporam essas práticas, aumenta a sustentabilidade, gerando maior longevidade aos negócios e benefícios para as populações e a economia como um todo. Com o tempo, mais empresas vão se preocupar em ter essas atividades para serem bem avaliadas, gerando uma ‘competitividade positiva’, capazes de gerar negócios com menor risco e, por isso, mais atrativos para os investidores.”

    Buscando auxiliar essa transformação, já está em vigor desde dezembro do ano passado um conjunto de regras definidas pela Anbima para identificar os fundos de investimento sustentáveis e estabelecer o cumprimento de requisitos para as gestoras.

    Principais tendências para os próximos anos

    Os temas alinhados com o ESG, bem como as práticas adotadas, são voltadas para longo prazo. No entanto, algumas tendências começam a surgir mais rapidamente conforme o mercado avança. Veja abaixo quais são as três principais tendências para empresas e fundos ESG no futuro.

    Identificação de fundos ESG a partir de critérios técnicos

    No final do ano passado, a ANBIMA divulgou os critérios para identificação de fundos de renda fixa e de ações para fins de investimento sustentável.Nesse sentido, as novas regras estabelecem os critérios aplicáveis ao fundo e os requisitos a serem cumpridos pela gestora. No processo de identificação dos produtos devem ser observadas as seguintes orientações:

  • Todos os fundos que possuem investimento sustentável como fim, devem conter no nome o sufixo IS (Investimento Sustentável);
  • A carteira deve estar de acordo com o propósito do fundo;
  • A estratégia, metodologia e informações que apoiam a gestão da carteira devem ser definidas e divulgadas;
  • Não poderão utilizar o sufixo IS os fundos que não têm o investimento sustentável como objetivo principal, mesmo que os aspectos ESG façam parte do seu processo de gestão.
  • Por fim, a ANBIMA reforça que tanto o fundo quanto a gestora estarão obrigados a atenderem também, outros requisitos relacionados à diligência, compromisso e transparência.

    Padronização das divulgações e métricas ESG

    Apesar do mercado já dispor de dados amplos sobre ESG, ainda não há uma classificação uniforme para avaliar estas práticas. Como resultado, empresas, fundos ESG e outros setores acabam utilizando suas próprias metodologias, o que pode gerar conflitos e até equívocos graves.Com o intuito de solucionar esses conflitos, as maiores empresas do mundo abordaram o tema ESG em 2020, durante a Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos.
    Como resultado dessa discussão, foi publicado um relatório com definição de métricas comuns para a criação de valor sustentável, apoiados nos pilares ESG.Segundo especialistas, esses números contribuirão para a elaboração de um relatório universal que atenda eficientemente as necessidades dos analistas e investidores.

    Maior quantidade de fundos hedge focados em ESG

    Seguindo as tendências do mercado internacional, grandes instituições do mercado financeiro brasileiro estão aderindo às estratégias de investimento sustentável.Um exemplo disso foi o recente lançamento dos fundos Lyxor Bridgewater All Weather Sustainability pela XP.
    Além disso, um levantamento realizado pela Morningstar e Capital Reset aponta que no Brasil a captação dos fundos ESG passou de R $3,1 bilhões para 6,8 bilhões no decorrer de 2020.
    Para reforçar ainda mais essa constatação, a ANBIMA destaca em uma publicação, que os investidores estão cada vez mais interessados em ativos com responsabilidade ambiental e social.
    Nesse cenário, percebe-se no Brasil um movimento de maior adesão aos fundos focados em ESG, sobretudo aqueles que estão associados às soluções tecnológicas para recursos naturais e controles climáticos.
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