O volume de aplicações em fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) cresceu muito nos últimos anos e alcançou bons resultados em 2021, com captação positiva de R$ 77,1 bilhões, segundo informações do site oficial da ANBIMA. Continue a leitura e entenda o que é e como funcionam os FIDCs. Além disso, saiba quais são as mudanças previstas com a reforma da ICVM 555 e como a tecnologia pode ser útil na gestão desses fundos.
O que é um fundo de investimento em Direitos Creditórios?
FIDCs são fundos de investimento categorizados como Renda Fixa e que aplicam em títulos de crédito gerados a partir de contas a receber de uma determinada empresa. Para entender melhor as características do FIDC, veja primeiro como os fundos são divididos no tópico abaixo.
Carteira de Ativos de um FIDC
Os direitos creditórios que compõem a carteira de ativos de um fundo de investimento em Direitos Creditórios são provenientes dos créditos de transações nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços. Os investidores, que adquirem suas cotas, ficam indiretamente expostos aos retornos e riscos de tais recebíveis.
Categorias de Cotas
Os FIDCs possuem dois tipos de cotas:
Sênior
Nas cotas seniores, os cotistas têm preferência no recebimento quando ocorrer amortização ou resgate do investimento. Essa categoria se encaixa bem no conceito de renda fixa, já que o seu retorno é prefixado.
Subordinada
Nessa categoria os investidores subordinados recebem depois que os seniores tiverem recebido. Nesse sentido, existe o risco de possíveis inadimplências dos títulos. No entanto, essas cotas possuem uma rentabilidade maior.
Estrutura do FIDC
Uma estrutura é necessária para que o fundo de Investimento em Direitos Creditórios seja possível. Ela é formada por:
Além disso, é necessário um custodiante que irá, dentre outras coisas:
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Vantagens e desvantagens do FIDC
Veja a seguir as principais vantagens e desvantagens do fundo de investimento em Direitos Creditórios:
Vantagens
Os fundos de investimento em Direitos Creditórios são diversificados e costumam ter retornos maiores que outras aplicações de renda fixa. Além disso, é possível negociar seus ativos no mercado secundário.
Outra vantagem dos FIDCs é que eles são classificados por agências de risco. Dessa forma, os investidores ficam cientes dos riscos e do nível de segurança da aplicação.
Por fim, existem diversas instituições no processo de controle dos FIDCs, o que aumenta a fiscalização e o acompanhamento das suas operações.
Desvantagens
Uma das principais desvantagens dos FIDCs é que somente investidores qualificados podem participar e o valor mínimo para investimento inicial é de R$ 25 mil reais. Além disso, não são assegurados pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos.
A relação entre o FIDC e a reforma da ICVM 555
Desde a última audiência pública sobre a Instrução CVM 555, o mercado aguarda algumas mudanças nas regras dos fundos.
Para os fundos de Investimento em Direitos Creditórios a expectativa é de ampliação de acesso para o público geral. No entanto, a CVM alerta para a necessidade de implementação de mecanismos de proteção aos riscos de acordo com o perfil do investidor. Um exemplo disso seria a oferta de apenas cotas seniores – que possuem rentabilidade prefixada – e limitação do prazo total de resgate e pagamento em até 180 dias.
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Veja as principais funcionalidades:
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