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Três conceitos fundamentais na busca pela perpetuação do patrimônio familiar

Por Alexandre Farah Diniz on

No mundo das empresas familiares e das famílias empresárias muito se fala na palavra perpetuidade. Sem dúvida, este é um dos maiores objetivos de grandes famílias quando pensam no seu futuro. Uma pesquisa da Campden Research realizada em 2015 com 224 Family Offices no mundo evidenciou que a principal preocupação destes Family offices era “Gerenciar o patrimônio através de diferentes gerações”. Outra pesquisa, feita pela PWC em 2014, apontou que a maior preocupação dos proprietários de empresas era “Assegurar o futuro das empresas no longo prazo”.

Este assunto não é recente. Um provérbio chinês antigo foi adaptado em diferentes idiomas e à diferentes culturas, pois no mundo todo se tem a mesma problemática. No Brasil, o conhecemos como “Pai rico, filho nobre, neto pobre”. Quanto a isto, é senso comum que o sucesso das famílias empresárias no longo prazo está diretamente ligado ao sucesso de suas empresas. No entanto, a realidade demonstra a grande dificuldade das empresas familiares em sobreviverem como tal ao longo das gerações. Entender que a longevidade do patrimônio de uma família pode não estar totalmente ligado à longevidade do negócio da família é uma mudança de visão complexa, mas fundamental, nesta busca.

Neste contexto este artigo apresenta três conceitos fundamentais que as famílias devem adotar caso busquem perpetuar seu legado e patrimônio de maneira sustentável no longo prazo:

1 – A Família Investidora

A Família Investidora possui uma visão global do seu capital financeiro que inclui as empresas da família, participações societárias, imóveis, fazendas e todos seus bens e investimentos financeiros como parte do patrimônio. A grande diferença para a mentalidade de uma “família empresária” é que a empresa da família passa a ser vista como uma “investida”, e a família passa a refletir constantemente sobre como manter os interesses da família e da empresa constantemente alinhados ou, nos casos em que não houver alinhamento, se faz sentido manter o ativo sob o risco de deteriorá-lo ao longo do tempo.

 

A diferença pode parecer sutil, mas muitas vezes é fundamental na perpetuidade dos negócios e do patrimônio no longo prazo. Isto na realidade é muito bom para a empresa, por um lado, pois os negócios precisam se reinventar, se atualizar e inovar para sobreviver no mercado competitivo. Isso significa que uma empresa, para manter-se rentável, precisa de controladores sempre interessados neste negócio, dispostos a investir e com seus interesses alinhados aos desta empresa.

Por outro lado, a destruição de valor do patrimônio de uma família ao longo do tempo causado pelo desalinhamento de interesses entre família e empresa pode ser evitado muito antes de se tornar um grande problema, como constantemente ocorre.

2 – Governança Patrimonial

A Governança Patrimonial é um conjunto de práticas que visam o total alinhamento de interesses entre as decisões tomadas na gestão do patrimônio e os objetivos da família detentora deste patrimônio. Assim como no contexto corporativo e familiar, esta estrutura é composta por órgãos de governança, estatutos e regimentos.

A Família Investidora entende que a Governança Patrimonial é a ferramenta fundamental para o seu sucesso de longo prazo, proporcionando à família que acumulou patrimônio ter órgãos de governança e diferentes instrumentos que de maneira abrangente regulam e viabilizam a Gestão deste Patrimônio para que trabalhe para os objetivos de longo prazo da família.

 

No contexto da Família Investidora, a Governança Familiar e a Governança Patrimonial formam os pilares para o sucesso de longo prazo desta família.

Na interseção entre os dois triângulos está o órgão de governança responsável por garantir alinhamento entre a família e seu patrimônio. Este papel pode ser desempenhado pelo Conselho de Família ou de Sócios, dependendo da maturidade e complexidade do modelo de governança da família. Já a Governança Corporativa, está inserida no contexto da Governança Patrimonial uma vez que a empresa é entendida como um dos ativos que compõe o capital financeiro da família.

3 – Single Family Office

O Single Family Office é uma estrutura customizada e transgeracional que é regida pelas Governanças Familiar e Patrimonial com o objetivo de defender os interesses de uma única família em relação ao seu patrimônio ao longo do tempo. Tendo uma estrutura própria, por mais simples que seja, para executar as estratégias e controlar o patrimônio familiar, a família assumirá papel protagonista na gestão do seu patrimônio.

Ao se tornar protagonista, por meio do Single Family Office, a Família Investidora usa esta estrutura para garantir que seus objetivos de longo prazo sejam buscados de forma sustentável e com total alinhamento de interesses nas tomadas de decisão em relação ao seu patrimônio.

Portanto, uma família que busque perpetuar seu legado e patrimônio de maneira responsável, implanta a Governança Familiar e Patrimonial de maneira alinhada. E a estruturação do Single Family Office possibilita que se tenha uma entidade transgeracional que trabalhe exclusivamente para executar as estratégias da família na busca de seus objetivos.

Este artigo original foi extraído de nosso parceiro INEO. Leia a versão original no site INEO.

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