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Tudo sobre os principais fundos estruturados

Por Mikaelli Santana on

Os fundos estruturados estão por todos os lugares, ajudando a financiar projetos, empreendimentos e empresas sem que o poder público tenha que fornecer capital. Em outras palavras, essas aplicações ajudam a fazer a economia real girar, mas poucos investidores estão cientes da sua existência, importância e rentabilidade.

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o conceito de “fundo de investimento” consiste em uma forma de investir coletivamente em algo, a fim de obter ganhos. Os tipos mais conhecidos de fundos são aqueles que direcionam os recursos para produtos financeiros, sejam eles de renda fixa (como títulos públicos e de dívida), renda variável (como ações de companhias abertas), moedas e demais instrumentos.

É o caso dos fundos de ações, de renda fixa e cambiais, por exemplo. Já os estruturados são constituídos de forma diferente e o dinheiro dos cotistas é vinculado a propósitos mais específicos.

A seguir, entenda o que são fundos estruturados, os principais tipos, regras e como fazer a gestão de risco.

O que são fundos estruturados?

Os fundos estruturados, também conhecidos como “fundos alternativos”, têm o objetivo de auxiliar no financiamento de setores da economia real. Eles funcionam como uma ponte entre investidores, pessoas físicas ou jurídicas, e segmentos econômicos importantes para o Brasil, como o imobiliário, o varejista e o agronegócio.

Contudo, quem investe em fundos estruturados não estará aplicando somente em ações de shoppings, do varejo ou de companhias ligadas ao agro na Bolsa de Valores.

Na verdade, esse cotista estará financiando por meio da aplicação a construção, manutenção e locação de um prédio ou shopping center, ajudando a antecipar o recebimento de dívidas a empresas e até mesmo auxiliando na compra de imóveis ligados ao agro.

Existem fundos estruturados que até mesmo subsidiam a indústria cinematográfica nacional.

Quais são os principais fundos estruturados?

Apesar de o termo “fundo estruturado” parecer complexo e ser pouco conhecido no mercado, algumas aplicações que se encaixam nesta categoria são bastante familiares aos investidores. Veja abaixo os principais tipos:

1. Fundos de Investimento Imobiliário

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são a modalidade mais famosa de fundos estruturados.

Segundo dados da ANBIMA, o número de contas de investidores nessas aplicações saiu de 89, em dezembro de 2006, para 8,1 milhões em agosto de 2022. Para efeito de comparação, nos tradicionais fundos de renda fixa existem pouco mais de 11 milhões de contas abertas.

Essas aplicações investem em ativos imobiliários, como shoppings e empreendimentos, são abertas para pessoas físicas e conhecidas pela distribuição de dividendos. Esses proventos são oriundos dos aluguéis das salas ou lojas dentro dos espaços comerciais, para os quais os investimentos são destinados.

2. Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDCs e FIDCs-NP

Esse fundo adquire direitos creditórios (recebíveis), valores que companhias têm a receber.

Imagine que uma varejista tem R$ 500 mil a receber em compras feitas por clientes no cartão de crédito. As compras, entretanto, só serão totalmente pagas em um período de seis meses. Se essa companhia quiser, poderá vender “os direitos” sobre essas dívidas a um FIDC para conseguir o montante de forma antecipada.

O varejista recebe os R$ 500 mil sem precisar esperar os seis meses. Em contrapartida, o FIDC recebe uma taxa de juros em cima dos títulos de dívida adquiridos. Essas aplicações só podem ser acessadas por investidores qualificados, com pelo menos R$ 1 milhão investido, ou aqueles classificados como profissionais.

3. Fundos de Investimento em Participações – FIPs

Os FIPs destinam os recursos dos cotistas à compra de participações em empresas, sejam elas de capital aberto, fechado ou sociedades limitadas. Por permitirem o investimento em companhias que estão fora da Bolsa, ficaram conhecidos como fundos de “private equity” ou “capital privado”, em português.

Outra característica que diferencia os FIPs é que estas aplicações investem em empresas em fase de desenvolvimento. Isso significa que o risco pode ser bastante alto, já que não são negócios consolidados. Contudo, os ganhos também podem ser elevados.

Por fim, não é possível fazer o resgate do dinheiro aplicado em qualquer tempo. Os cotistas só podem resgatar o capital investido no final do prazo de duração estabelecido pelo fundo ou após decisão tomada em assembleia com investidores. Os FIPs também são modalidades reservadas a investidores qualificados.

4. Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional – Funcines

Os Funcines são uma categoria de FIP voltada a desenvolver a indústria cinematográfica e audiovisual brasileira. Por isso, a aplicação investe em toda a cadeia produtiva do setor: desde ações de empresas de infraestrutura, fornecedores, distribuidores, exibidores e produtores ligados ao segmento até a comercialização e distribuição de obras cinematográficas brasileiras.

A seleção dos gestores desta modalidade de fundo é feita por meio de chamadas públicas aprovadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Já os projetos para os quais são destinados os recursos devem ser aprovados pela Agência Nacional de Cinema – Ancine

5. Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais – Fiagro

Os Fiagros são fundos de investimento destinados a investir em ativos voltados para o agronegócio e regulamentados recentemente, em 2021.

Assim como os FIIs, são abertos para pequenos investidores, que poderão surfar nos ganhos trazidos pelo principal motor da economia brasileira.

Quais são as regras dos fundos estruturados?

Existem regras específicas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as quais os fundos estruturados precisam seguir. São elas:

Instrução CVM 356: regulamenta o funcionamento dos FIDCs e de fundos de investimento em cotas de FIDCs
Instrução CVM 398: regulamenta o funcionamento dos Funcines
Instrução CVM 444: regulamenta os FIDCs não padronizados.
Instrução CVM 472: dispõe sobre o funcionamento dos FIIs
Instrução CVM 578: versa sobre o funcionamento dos FIPs
Instrução CVM 579: dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis dos FIPs

Como fazer a gestão de fundos estruturados?

Uma boa governança deve determinar os elementos e estratégias necessários para a gestão de fundos estruturados. Veja alguns exemplos:

– Implantação de uma área de gestão de risco independente;
– Participação da alta direção no processo de gestão;
– Divisão das funções entre front-office, middle-office e back-office;
– Responsabilidades claramente definidas em cada função;
– Rotinas adequadas de auditoria e supervisão.

Confira também o nosso Talks sobre gestão de recebíveis.

Além dos critérios predefinidos, a gestão e o monitoramento de risco das carteiras e fundos devem seguir uma determinada periodicidade. Tudo vai depender das características do risco e dos ativos que compõem o fundo.Outro recurso que faz toda a diferença nesse processo é a tecnologia. Uma grande aliada na gestão de riscos de fundos estruturados.

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