Guia Completo sobre Wealth Management: estratégias, desafios e inovações

Guia Completo sobre Wealth Management: estratégias, desafios e inovações

Guia Completo sobre Wealth Management: estratégias, desafios e inovações

O Wealth Management, ou gestão de patrimônio, desempenha um papel crucial na preservação e crescimento patrimonial de indivíduos e famílias. 

O principal objetivo do Wealth Management é apoiar pessoas que possuem patrimônios, independentemente do tamanho, uma vez que essas elevadas quantidades de patrimônios precisam ser gerenciadas de maneira personalizada, para que, então, rendam com eficiência no decorrer do tempo. Do contrário, há sérios riscos de perda significativa da fortuna. 

Neste artigo, exploraremos os principais pontos sobre Wealth Management, com foco especial em estratégias eficientes e inovações para o gerenciamento dessas riquezas. Vamos lá?

 

Alocação de ativos

A alocação de ativos é uma parte central do Wealth Management, envolvendo a distribuição estratégica de investimentos para otimizar retornos enquanto se gerencia eventuais riscos. Aqui, faz sentido que o gestor defina estratégias eficazes para alocação eficiente e rentável do patrimônio de seus clientes. 

As que potencialmente podem ajudar, são: 

1.Alocação baseada em metas de longo prazo
Essa estratégia visa alcançar objetivos financeiros de longo prazo, como aposentadoria confortável, educação dos filhos e transferência de patrimônio para futuras gerações. Nela, é fundamental entender as necessidades específicas do cliente e alinhar os investimentos de acordo com esses objetivos.

Exemplo: Um cliente que planeja se aposentar em 20 anos pode beneficiar-se de uma alocação mais agressiva no início, com maior exposição a ações e investimentos alternativos, seguida de uma transição gradual para uma alocação mais conservadora à medida que se aproxima a data de aposentadoria

2.Alocação baseada em condições de mercado
Esta abordagem adapta o portfólio às condições econômicas e de mercado em constante mudança. É crucial monitorar indicadores econômicos, como inflação, taxas de juros e crescimento do PIB, para ajustar a alocação de ativos conforme necessário.

Exemplo: Durante períodos de alta inflação, pode ser aconselhável aumentar a alocação em ativos reais, como commodities e imóveis, para proteger o poder de compra do cliente.

No momento de desenhar estratégias para alocação de ativos, é recomendável contar com o apoio de soluções que possam oferecer suporte adequado para as atividades do cotidiano de uma gestora de investimentos. 

Essas soluções devem, essencialmente, consolidar e analisar o desempenho dos investimentos da carteira de clientes, acompanhar o enquadramento conforme regras estabelecidas no mandato da carteira, e produzir relatórios de acompanhamento. 

As soluções da BRITech trazem essa gama de funcionalidades, possibilitando que você mantenha atenção plena no que importa: definir a melhor estratégia e acompanhar a sua carteira. Inclusive, existem outros métodos avançados que você pode utilizar para reavaliar essas estratégias:

3.Alocação baseada em setores e indústrias emergentes
Investir em setores e indústrias emergentes pode oferecer oportunidades significativas de crescimento devido ao potencial de inovação e expansão.

Exemplo: Alocar parte do portfólio em setores como tecnologia limpa, biotecnologia e inteligência artificial pode proporcionar retornos robustos a longo prazo.

4.Alocação tática vs. estratégica
Diferenciar entre alocação tática (curto prazo) e estratégica (longo prazo) pode ajudar a equilibrar a busca por oportunidades imediatas e o planejamento de metas de longo prazo.

Exemplo: Durante períodos de volatilidade do mercado, uma alocação tática pode ser ajustada rapidamente para aproveitar as oportunidades, enquanto a alocação estratégica permanece alinhada com os objetivos de longo prazo do cliente.

Internamente, também é preciso definir estratégias para aproximar seus clientes de você. Uma pesquisa divulgada no Reino Unido em 2023, por exemplo, aponta que a população adulta considera agentes financeiros bem mais confiáveis do que advogados e outros profissionais. 

Soma-se a isso, o fato de a sociedade consumir massivamente conteúdos na internet, o que confunde os investidores quanto à quais informações são realmente confiáveis. Isso abre um leque de oportunidades para que gestores se destaquem, repassando para o público a credibilidade das informações que fornecem. 

O e-book sobre Wealth Management da BRITech traz conteúdos exclusivos sobre o tema. Nele, algumas dicas para conquistar ainda mais a confiança dos clientes incluem: foco na jornada digital, que vai desde pensar em estratégias diferenciadas para o onboarding até o atendimento contínuo do cliente; e investimento em plataformas diferenciadas, uma vez que elas aumentam a eficiência das operações e agregam maior valor e conforto aos esforços empenhados pelo gestor. 

Ao definir as melhores estratégias para alocação dos ativos de seus clientes, lembre-se que também é preciso levar em consideração outros fatores importantes, como a tributação.

Tributações

As tributações desempenham um papel crucial no planejamento patrimonial e na alocação de ativos, impactando diretamente os retornos dos investimentos. Inclusive, recentemente houveram mudanças significativas nas leis tributárias, que trazem implicações para gestores de investimentos e seus clientes. 

Uma das principais mudanças e que teve impacto no mercado financeiro, é a da Lei 14.754/2023, que amplia o leque de fundos de investimentos tributados e altera a forma como essas tributações serão feitas. 

A Medida Provisória n° 1.171, de 2023, também é fundamental nesse aspecto, pois ela delimita sobre a tributação da renda auferida por pessoas físicas residentes no País em aplicações financeiras, entidades controladas e trusts no exterior. 

Em se tratando de patrimônios geridos pelo Wealth Management, é fundamental estar atento às particularidades que os tributos trazem. Neste artigo, a BRITech abordou detalhadamente sobre o assunto. Vale a pena a leitura. 

Para não assustar seus clientes sobre os impactos tributários sobre os investimentos, o uso de algumas estratégias podem ser bastante úteis. 

 

Estratégias de mitigação de impostos

1.Utilização de veículos de investimento eficientes tributariamente
Investimentos em fundos de investimento imobiliário, fundos mútuos isentos de impostos, ativos com isenção para pessoa física, como LCI, LCA, CRI e CRA, debêntures incentivadas, ou contas de aposentadoria individuais podem ajudar a reduzir a carga tributária sobre os investimentos.

Exemplo: Alocar parte dos ativos imobiliários pode proporcionar um fluxo de renda estável com vantagens fiscais significativas.

2.Planejamento tributário estratégico
Acompanhar as mudanças nas leis fiscais e ajustar as estratégias de investimento pode minimizar o impacto fiscal e maximizar os retornos líquidos.

Exemplo: Realizar perdas para compensar ganhos de capital e apoiar organizações do terceiro setor para reduzir a responsabilidade tributária.

A BRITech oferece ferramentas avançadas para monitorar e ajustar estratégias de investimento de acordo com as novas normas tributárias, além de soluções para Gestão de Patrimônio — Consolidação de Investimentos, onde é possível obter relatórios padronizados e customizáveis, calcular taxas, rebate e performance fee, e realizar o controle completo da sua carteira de investimentos.

Realizar a gestão de patrimônios requer um olhar crítico para definir estratégias eficientes e acompanhar as alterações tributárias. E em uma sociedade movida pelo uso de soluções digitais, é importante que você consiga fazer bom uso dessas soluções para que haja espaço suficiente em seu dia. 

Desta forma, será possível dedicar, com qualidade, seu tempo para trazer maiores resultados aos seus clientes. 

Tecnologia e Inovação

A tecnologia está transformando o Wealth Management, oferecendo novas maneiras de gerenciar ativos, analisar dados e interagir com os clientes. Os principais usos de tecnologia incluem: 

 

Uso da tecnologia na gestão de patrimônio

1. Consolidação de Carteiras
A integração de múltiplas fontes de dados permite uma visão unificada do patrimônio do cliente, facilitando a tomada de decisões informadas.

Exemplo: A BRITech oferece uma plataforma centralizada que consolida todas as contas e investimentos do cliente em um único local, facilitando o monitoramento e a análise.

2.Otimização de Processos e Escalabilidade
A automação de tarefas operacionais libera recursos para análises estratégicas mais aprofundadas, melhorando a eficiência e reduzindo erros. Além disso, a automação e outras tecnologias avançadas permitem uma escalabilidade significativa nas operações. Sistemas automatizados, por exemplo, contribuem para que você possa gerenciar ativos com maior eficiência, sem aumentar a equipe ou utilizar outros recursos físicos. 

Exemplo: Ferramentas avançadas de cálculo de patrimônio bruto e líquido, ganhos, rentabilidades, além do fornecimento de relatórios de acompanhamento automatizam processos que antes eram intensivos à mão. 

 

Tendências Digitais

-Inteligência Artificial e Machine Learning: análise preditiva para identificar padrões e oportunidades de investimento.

-Big Data: análise de grandes volumes de dados para insights detalhados sobre o comportamento do mercado e preferências dos clientes.

-Blockchain: transações seguras e transparentes, o que aumenta bastante a confiança dos seus clientes.

Inclusive, um estudo divulgado pela revista Deloitte apontou que os 14 principais bancos de investimento globais podem aumentar sua produtividade em até 35% utilizando IA generativa. 

 

Integração de Tecnologia Emergente

1.Adoção de Tecnologias de Blockchain
A utilização de blockchain para transações seguras e transparentes está revolucionando a maneira como os ativos são geridos e transferidos.

Exemplo: Implementação de contratos inteligentes para automatizar a execução de acordos e reduzir custos operacionais.

2.Expansão de Ferramentas de Inteligência Artificial
A aplicação de IA para análise preditiva e otimização de portfólios está permitindo aos gestores identificar oportunidades antes não detectadas.

Exemplo: Utilização de algoritmos de machine learning para prever movimentos de mercado e ajustar estratégias de investimento em tempo real.

Aqui, é fundamental ressaltar que uma pesquisa realizada pela Bloomberg reforça a necessidade do uso de tecnologias, uma vez que 70% das gestoras brasileiras já utilizam ou começaram a implementar novas tecnologias em suas companhias. 

É uma era marcada pelo uso inteligente de soluções somadas à estratégias eficientes de profissionais competentes. E em um mercado tão acirrado quanto o financeiro, também é necessário agir com ética e responsabilidade nas operações, sendo este um ponto que também chama atenção dos investidores,

Ética e Responsabilidade

A ética e a responsabilidade são pilares fundamentais na gestão de Wealth Management, essenciais para a construção e manutenção da confiança dos clientes. Como mencionamos no decorrer deste artigo, o público adulto tende a confiar bem mais em agentes financeiros do que outros profissionais da área, razão pela qual é essencial realizar a manutenção desse laço. 

Desta forma, alguns aspectos sobre a ética e responsabilidade na gestão de patrimônio precisam ser observados, incluindo o código de ética, do código de administração de recursos de terceiros da ANBIMA, a importância da transparência, a conformidade regulatória, as práticas de investimento responsáveis, e a educação e inovação constante. Falaremos melhor a seguir. 

 

Código de Ética

O Código de Ética da ANBIMA é dividido 8 partes principais, sendo: 

  -Os princípios éticos fundamentais. Aqui, há uma série de princípios que precisam ser observados, incluindo a observância do corpo legal da ANBIMA; o princípio da boa-fé; o interesse dos investidores e demais usuários de seus serviços; transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades; manutenção do sigilo de informações confidenciais, e alguns outros tão importantes quanto;   

  -Padrões de conduta. Os padrões de conduta dizem respeito aos comportamentos que são esperados dentro do mercado financeiro. 

Dentre as disposições previstas, é preciso ressaltar a necessidade de exercer a intermediação financeira e as atividades relacionadas com a negociação de valores mobiliários nos termos das prerrogativas legais; contribuir para análise, aprimoramento e bom encaminhamento de sugestões ou propostas para o desenvolvimento dos mercados financeiro e de capitais; respeitar a ética nas publicidades; e evitar a realização de operações em situações de conflito de interesses; 

  -Conselho de normas éticas. O conselho é o órgão responsável por interpretar e aplicar os princípios e as normas do Código. Existem competências exclusivas do conselho, mas as principais referem-se à composição do órgão, que precisa ser feita por 7 membros, sendo um presidente, um vice-presidente e 5 membros eleitos em AGO, além da não remuneração desses membros; 

  -Instauração, condução e julgamento do processo. Caso o conselho detecte o não cumprimento das disposições do Código, instaurarão processo, que precisa ser regulado nos termos do mesmo Código. Na hipótese da parte infratora ser condenada, a reparação dos danos causados poderá ser uma atenuante para a pena a ser aplicada; 

  -Termo de compromisso. O termo de compromisso diz respeito à possibilidade de o Fundo lavrar este tipo de documento até a data de julgamento, com o intuito de cessar e corrigir os atos que caracterizaram o descumprimento das regras previstas no Código;

  -Procedimento de Conciliação de conflitos entre associadas. Dispõe sobre a possibilidade de qualquer Associada solicitar a instauração de procedimento de conciliação em relação à outras Associadas, mediante requerimento formal dirigido ao presidente do Conselho, com no mínimo as seguintes informações:

    1. Indicação da outra Associada com quem pretende chegar a uma conciliação; 
    2. a descrição detalhada do fato que ensejou a solicitação; e, 
    3. a relação das partes envolvidas. 

O procedimento de Conciliação terminará quando houver assinatura das partes envolvidas; de termo de transação contendo condições de soluções do conflito; por iniciativa do Conselho, comunicada às partes envolvidas, quando ele entender que não há condições de acordo; ou por iniciativa de qualquer das partes envolvidas, mediante notificação ao Conselho da decisão de não mais persistir no procedimento do conciliação. 

  -Penalidades. Aqui, são dispostas as penas para as infrações ao Código, que variam entre carta de advertência reservada; multa; advertência pública; suspensão da Associada do quadro de associados; e proposta, à Assembleia Geral, de exclusão da Associada do quadro de associados da ANBIMA. 

Nesse contexto de ética e responsabilidade no Wealth Management, é fundamental que os profissionais do mercado financeiro sigam estritamente as disposições contidas nesse Código de Ética, com o fito de evitar consequências desagradáveis decorrentes de eventuais descumprimentos. 

Ao mesmo tempo, outro diploma trazido pela ANBIMA é o seu Código de Administração de Recursos de Terceiros, que você verá melhor a seguir. 

 

Código de Administração de Recursos de Terceiros

É um diploma criado com o objetivo de estabelecer princípios e regras para regular a rotina dos profissionais que lidam com a administração e gestão de recursos de terceiros, tendo como base a manutenção de padrões éticos elevados; a concorrência legal; a padronização de procedimentos; dentre muitos outros. Vale a pena a leitura! 

A adesão ao Código não é automática, de modo que a gestora que tiver interesse em aderir às normas, precisa necessariamente ter seus pedidos de associação ou adesão aprovados pelo Conselho de Ética. 

Lembrando que, ao aderir ao Código, a gestora também adere ao Código de Processos e ao Código de Certificação — este último, quando aplicável. Ao aderir, é preciso atuar seguindo princípios de boa-fé, transparência, diligência e lealdade, além dos demais previstos no artigo 6º desse mesmo diploma legal. 

A partir dessas disposições iniciais, o gestor de investimentos ou administrador pode se atentar às normas que regulam outros aspectos fundamentais, como as regras e procedimentos para a gestão; as disposições necessárias para contratação de terceiros em nome do Fundo, as disposições sobre Gestão de Recursos de Terceiros, de Gestão de Patrimônio e, é claro, as penalidades aplicadas para os casos de infrações. Falaremos melhor sobre cada um deles. 

 

Regras e procedimentos

As regras se dividem entre controles internos; segregação de atividades; segurança e sigilo das informações; plano de continuidade de negócios; e segurança cibernética. 

  -Controles internos. Aqui, a gestora precisa contar com o apoio de controles internos que  atendam às disposições previstas no Código. Um excelente exemplo para tanto, são as soluções da BRITech, que atendem e estão constantemente sendo atualizadas de acordo com as alterações no âmbito legal. 

Para apoiar a gestora, a ANBIMA traz alguns requisitos que precisam ser cumpridos na implementação desses controles internos. Esses procedimentos e controles devem:

  1. Ser efetivos e consistentes com a natureza, porte, estrutura e modelo de negócio do Fundo, assim como com a complexidade e perfil de risco das operações realizadas;
  2. Ser acessíveis a todos os seus profissionais, de forma a assegurar que os procedimentos e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização sejam conhecidos; 
  3. Possuir divisão clara das responsabilidades dos envolvidos na função de controles internos e/ou na função de cumprimento das políticas, procedimentos, controles internos e regras estabelecidas pela Regulação vigente (“Compliance”), da responsabilidade das demais áreas da instituição, de modo a evitar possíveis conflitos de interesses com as atividades de Administração de Recursos de Terceiros, intermediação, distribuição ou consultoria de valores mobiliários; 
  4. Descrever os procedimentos para a coordenação das atividades relativas à função de controles internos e/ou de Compliance com as funções de gestão de risco, nos termos previstos no Código; 
  5. Indicar as medidas necessárias para garantir a independência e a adequada autoridade aos responsáveis pela função de controles internos e/ou de Compliance na instituição.

Vale lembrar que, também, é importante manter em sua estrutura, uma área que seja responsável por seus controles internos. 

  -Segregação de atividades. Aqui, é importante que as atividades da Administração de Recursos de Terceiros seja segregada das demais atividades da gestora. Além, é fundamental adotar os procedimentos operacionais previstos no art. 13, §1º, do Código, e implementar e manter, em documento escrito, as regras e procedimentos relativos à segregação das atividades que possam gerar conflito de interesse com objetivo de demonstrar essa separação das áreas. 

  -Segurança e Sigilo das Informações. É essencial que a gestora estabeleça mecanismos para manter o sigilo das informações, inclusive mantendo as boas práticas de exigir que seus funcionários assinem termo de confidencialidade. 

  -Plano de continuidade de negócios. As gestoras devem, necessariamente, implementar e manter, em documento escrito, Plano de Continuidade de Negócios, observando, no mínimo: 

    1. Análise de riscos potenciais; 
    2. Planos de contingência, detalhando os procedimentos de ativação, o estabelecimento de prazos para a implementação e a designação das equipes que ficarão responsáveis pela operacionalização dos referidos planos; e, 
    3. Validação ou testes, no mínimo, a cada 12 (doze) meses, ou em prazo inferior se exigido pela Regulação em vigor.

  -Segurança cibernética. Novamente, as gestoras precisam, também, implementar e manter, em documento escrito, os procedimentos e controles de segurança cibernética que sejam compatíveis com seu porte, perfil de risco, modelo de negócio e complexidade das atividades desenvolvidas. 

Esse documento precisa ser desenvolvido de forma que seja assegurada a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados de STI, contendo, ao menos: 

  1. Avaliação de riscos, que deve identificar os ativos relevantes, sejam eles equipamentos, sistemas, dados ou processos, suas vulnerabilidades e possíveis cenários de ameaças; 
  2. Ações de proteção e prevenção, visando mitigar os riscos identificados; 
  3. Descrição dos mecanismos de supervisão para cada risco identificado, de forma a verificar sua efetividade e identificar eventuais incidentes; 
  4. Criação de um plano de resposta a incidentes, considerando os cenários de ameaças previstos durante a avaliação de riscos, que permita a continuidade dos negócios ou a recuperação adequada em casos mais graves; 
  5. Indicação de responsável dentro da instituição para tratar e responder questões de segurança cibernética. 

Essas regras e procedimentos são essenciais para o bom funcionamento das atividades, mas, na gestão de patrimônios, também é importante estar atento a outras especificações. 

 

Demais especificações

  -Normas para contratação de terceiros em nome do Fundo. Aqui, é necessário que o Fundo tenha um processo interno para a seleção e contratação de terceiros, indicando, inclusive, as áreas internas envolvidas, além das áreas internas responsáveis pela supervisão dos terceiros contratados. 

  -Normas para gestão de recursos de terceiros. É fundamental que o profissional que exerça essa atividade seja devidamente habilitado e autorizado pela CVM. 

Esse profissional é responsável pelas decisões de investimento, pelas ordens de compra, pelo envio das informações relativas aos negócios realizados pelos veículos de investimentos, pela negociação, alocação e rateio de ordens dos veículos, pelo enquadramento aos limites de investimento, pelo processo de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento de atividades terroristas, pelo controle de risco dos veículos de investimento, e para garantir que as operações realizadas pelos veículos de investimento sejam compatíveis com os propósitos do Fundo. 

Inclusive, o gestor de recursos deve estabelecer procedimentos para o controle e monitoramento. 

  -Normas para gestão de patrimônio financeiro. Essas normas são complementares às anteriores, onde o gestor deve elaborar, para cada investidor, uma política de investimentos que contemple o total de patrimônio financeiro. Além, o gestor de investimentos deve incluir em seu escopo de serviços: 

  1. Assessoria na seleção e análise de risco de ativos não financeiros;  
  2. Identificação das necessidades do investidor relacionadas a outros mercados, tais como, mas não se limitando a: participação em empresas, Ativos Imobiliários, semoventes, objetos de arte,antiguidades;  
  3. Consolidação de informações referentes aos Ativos Financeiros e não financeiros, ainda que não estejam sob sua gestão ou responsabilidade; e, 
  4. Identificação das necessidades do investidor relacionadas à sucessão familiar e empresarial, bem como aos aspectos tributários ou societários indicando profissionais especializados e independentes para tratar dessas necessidades.

O gestor também precisa informar à ANBIMA quanto ao cumprimento das normas éticas do Código, além de sempre firmar contrato com o investidor e adotar o processo conhecido como Conheça seu Cliente, onde é necessário prever informações como porte, complexidade, estrutura, perfil de risco das carteiras de investimento geridas e modelo de negócio do Gestor de Patrimônio. 

Também é fundamental ter, na política de investimento de cada investidor, uma análise de perfil do cliente. Além disso, é necessário disponibilizar aos investidores, no prazo máximo de 90 dias após o encerramento de cada semestre do ano civil, o valor total da remuneração recebida pela Gestão de Patrimônio.

Seguir esses disposições atende não apenas aos padrões éticos na gestão de investimentos, mas, também, evita que o Fundo exponha-se à algumas penalidades, como: 

  1. Advertência pública. 
  2. Multa. 
  3. Proibição temporária do uso do Selo ANBIMA. 
  4. Desligamento do quadro associativo da ANBIMA.

Além das seguintes multas

  1. Assessoria na seleção e análise de risco de ativos não financeiros;  
  2. Identificação das necessidades do investidor relacionadas a outros mercados, tais como, mas não se limitando a: participação em empresas, Ativos Imobiliários, semoventes, objetos de arte,antiguidades;  
  3. Consolidação de informações referentes aos Ativos Financeiros e não financeiros, ainda que não estejam sob sua gestão ou responsabilidade; e, 
  4. Identificação das necessidades do investidor relacionadas à sucessão familiar e empresarial, bem como aos aspectos tributários ou societários indicando profissionais especializados e independentes para tratar dessas necessidades.

Os Códigos que mencionamos até aqui têm o potencial de esclarecer bastante a importância da ética e transparência na gestão de patrimônios, mas, vamos ressaltar mais alguns pontos importantes e que podem beneficiar você. 

 

Importância da Ética e Transparência

  -Orientação personalizada

A orientação personalizada é um aspecto central do Wealth Management ético. Cada cliente tem objetivos, valores e necessidades únicas, e é dever do gestor alinhar as estratégias de investimento com esses elementos individuais. Isso não apenas assegura que os investimentos estejam de acordo com as expectativas do cliente, mas também fortalece a relação de confiança entre o gestor e o cliente.

Exemplo: Se um cliente valoriza investimentos sustentáveis, o gestor deve priorizar ativos que atendam a esses critérios, como fundos de investimento em energia renovável ou empresas com fortes práticas de responsabilidade social corporativa.

  -Conformidade regulatória

Cumprir rigorosamente as leis e regulamentos do setor financeiro é essencial para operar de maneira ética. Isso inclui aderência a normas de anti-lavagem de dinheiro, proteção de dados e regras de transparência financeira. A conformidade não é apenas uma exigência legal, mas uma prática que protege tanto os clientes quanto a integridade da instituição.

Exemplo: Implementar políticas e procedimentos rigorosos de verificação de clientes (Know Your Customer – KYC) para prevenir fraudes e garantir que os investimentos sejam feitos de forma legítima e transparente.

  -Divulgação clara

Transparência nas decisões de investimento e na estrutura de taxas também é importante para manter a confiança dos clientes. Isso envolve fornecer informações claras e completas sobre os custos associados aos serviços de gestão de patrimônio e garantir que os clientes compreendam plenamente onde e como seus fundos estão sendo investidos.

Exemplo: Fornecer relatórios regulares e detalhados que expliquem o desempenho dos investimentos, as taxas cobradas e qualquer alteração na estratégia de investimento.

 

Práticas de Investimento Responsáveis

  -Investimento socialmente responsável (ISR)

O ISR envolve a escolha de investimentos que não apenas oferecem retornos financeiros, mas também contribuem positivamente para a sociedade. Isso pode incluir investimentos em empresas que adotam práticas ambientais sustentáveis, promovem a equidade social e mantém altos padrões de governança corporativa.

Exemplo: Investir em empresas que tenham políticas claras de redução de emissão de carbono, práticas de trabalho justas e governança transparente.

  -Gestão de riscos ética

A gestão de riscos é uma parte integral do Wealth Management. Uma abordagem ética na gestão de riscos inclui a transparência sobre os riscos envolvidos em determinados investimentos e a garantia de que os clientes estão cientes e confortáveis de suas decisões.

Exemplo: Antes de investir em ativos de alto risco, como criptomoedas, um gestor deve discutir com o cliente os possíveis retornos e as potenciais perdas, assegurando que o cliente compreenda completamente as implicações.

  -Due diligence rigorosa

Realizar uma investigação prévia (due diligence) rigorosa também é essencial para garantir que os investimentos sejam sólidos e estejam alinhados com os valores éticos do mercado. Isso envolve a análise detalhada das empresas e ativos antes de recomendar investimentos aos clientes.

Exemplo: Investigar o histórico financeiro e jurídico, práticas de governança e impactos ambientais de uma empresa antes de incluir suas ações no portfólio de um cliente.

 

Melhores Práticas para Gestores

  -Educação contínua

Os gestores de investimentos precisam manter um alto padrão de profissionalismo e conhecimento através da formação contínua. O mercado financeiro está em constante evolução, e é necessário se manter atualizado sobre as últimas tendências, regulamentações e inovações.

Exemplo: Participar regularmente de seminários, cursos de atualização e certificações profissionais para aprofundar o conhecimento em novas estratégias de investimento e mudanças regulatórias.

  -Avaliação regular

Revisar periodicamente as estratégias de investimento e as necessidades dos clientes é uma prática ética que garante que os portfólios continuem a atender aos objetivos dos clientes e se adaptem às mudanças no mercado.

Exemplo: Agendar reuniões trimestrais para discutir o desempenho dos investimentos e ajustar as estratégias conforme necessário, levando em conta quaisquer mudanças nas circunstâncias ou objetivos dos clientes.

  -Inovação constante

Adoção de tecnologias emergentes para melhorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência operacional é uma prática ética que demonstra compromisso com a excelência e a responsabilidade. Inovações tecnológicas podem oferecer maior transparência, segurança e personalização no Wealth Management.

Exemplo: Implementar plataformas digitais que permitem aos clientes monitorar seus portfólios em tempo real, acessar relatórios detalhados e comunicar-se facilmente com seus gestores de investimento.

 

Implementação de Políticas Éticas

  -Códigos de conduta e ética

Instituições de Wealth Management devem desenvolver e implementar códigos de conduta e ética que guiem o comportamento dos gestores e demais colaboradores. Esses códigos devem abordar questões como conflitos de interesse, confidencialidade e práticas comerciais justas.

Exemplo: Adotar um código de ética que proíba o recebimento de bonificações, gratificações e comissões de terceiros, dentre outras vantagens irregulares, garantindo que todas as operações sejam feitas no melhor interesse do investidor.

  -Treinamento em ética para funcionários

Prover treinamento regular em ética para todos os funcionários assegura que a cultura da organização esteja alinhada com princípios éticos sólidos. Esse treinamento deve abranger a importância da transparência, a compreensão das regulamentações e a prática de comportamentos éticos em todas as interações com clientes e colegas.

Exemplo: Organizar workshops anuais sobre ética e conformidade, abordando estudos de caso reais e discussões sobre dilemas éticos no setor financeiro.

  -Mecanismos de supervisão e auditoria

Estabelecer mecanismos de supervisão e auditoria interna para monitorar a conformidade com políticas éticas é essencial para identificar e corrigir comportamentos inadequados. Auditorias regulares garantem que todas as práticas de investimento estejam de acordo com as normas éticas estabelecidas pela instituição.

Exemplo: Realizar auditorias anuais dos portfólios de clientes para assegurar que todas as recomendações de investimento estão em conformidade com os princípios éticos e regulamentações aplicáveis.

O Wealth Management é uma disciplina complexa que requer um entendimento profundo do mercado financeiro, das leis tributárias e das necessidades individuais de cada cliente. 

Este guia oferece uma visão detalhada sobre pontos essenciais nessa gestão de patrimônios, destacando-se as particularidades tributárias e tecnológicas, e os aspectos relacionados à ética rigorosa, mas possível de ser seguida, que essa modalidade de gestão requer.  

A BRITech é sua aliada em soluções tecnológicas voltadas para o Wealth, e conta com ferramentas exclusivas para apoiar você nesses desafios, além de fornecer conteúdos refinados e inovadores sobre o tema. 

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