Gestão de carteira de recebíveis: como realizar da melhor forma?

Gestão de carteira de recebíveis: como realizar da melhor forma?

Gestão de carteira de recebíveis: como realizar da melhor forma?

Realizar a gestão de recebíveis de forma eficiente é a peça central para você que busca aumentar os retornos da sua carteira e minimizar os riscos de mercado, especificamente riscos de crédito. Uma gestão de recebíveis adequada assegura tanto o bom fluxo de caixa quanto a melhora da saúde financeira geral do seu portfólio. 

Sabemos que cada percentual de rentabilidade conta, especialmente em um mercado financeiro desafiador como o brasileiro. E realizar uma boa gestão de recebíveis da melhor forma pode ser a diferença entre um bom e um excelente empenho dos investimentos da sua carteira de investimento. 

Neste artigo, exploraremos como realizar uma gestão de recebíveis da melhor forma, percorrendo desde as oportunidades e desafios do mercado até às melhores práticas para controlar e monitorar a carteira de FIDCs. Vamos lá?

 

Oportunidades e desafios

 

O mercado de recebíveis traz diversas vantagens para você, gestor de investimentos, especialmente quando consideramos a expansão das fintechs e digitalização dos processos financeiros. 

As fintechs trazem uma verdadeira revolução para a forma como as transações financeiras são realizadas. A forma como o acesso ao crédito é facilitado, por exemplo, torna o processo de securitização de recebíveis bem mais eficiente. Neste aspecto, é possível diversificar seus portfólios de recebíveis com ativos de alta liquidez e bom rendimento. 

Precisamos mencionar, também, o exponencial crescimento do e-commerce e das vendas a longo prazo, que também aumentaram significativamente o volume de recebíveis no mercado. Cada vez mais, os empreendimentos realizam transações com pagamento a longo prazo, o que gera maior volume de recebíveis que podem ser securitizados. 

Essa tendência pode ser aproveitada por você, que agora tem a possibilidade de gerenciar investimentos diversificados de recebíveis comerciais, o que tem potencial de reduzir bastante a exposição ao risco de inadimplência de qualquer sacado. 

A tecnologia também precisa ser ressaltada, especialmente pelas inovações em análise de crédito e análise de riscos. Com o avanço da inteligência artificial e do machine learning, essas análises se tornam mais precisas, contribuindo para a tomada de decisões embasadas sobre quais ativos são mais vantajosos de se securitizar e relacionadas à quais ativos são mais vantajosos. Inclusive, hoje já existe uma solução desenvolvida exclusivamente para análise desses riscos

 

Outra vantagem que também pode ser aproveitada por você é a adoção de soluções de blockchain na gestão de recebíveis, que está emergindo como uma tendência bastante promissora. 

O blockchain oferece bem mais transparência e segurança nas transações, reduzindo simultaneamente o risco de fraudes. Essa adoção tende a melhorar a confiabilidade da sua carteira de clientes e aumentar a eficiência dos seus processos de securitização, motivo pelo qual pode ser aproveitada. 

Com o advento da RCVM175, outra vantagem importantíssima é o acesso dos investidores de varejo aos FIDCs, que foi ampliado. Agora, mais investidores têm a oportunidade de participar do mercado, o que leva ao aumento do volume de recursos disponíveis para investimentos em recebíveis. Isso significa dizer que você pode captar mais recursos diversificando sua carteira. 

Por fim, e tão crucial quanto o que comentamos até aqui, há o mercado internacional de recebíveis. Nesse cenário é possível realizar a compra de recebíveis de exportação, mas desde que você esteja estritamente atento às regulamentações e práticas locais

 

E por mencionarmos esse ponto de atenção, é interessante ressaltar alguns desafios que o mercado de recebíveis pode trazer. A exemplo: 

  1. Compliance: determinar a qualidade dos recebíveis e a solvência dos devedores pode ser complexo, especialmente em um cenário econômico instável.
  2. Regulamentações e conformidade: a conformidade com regulamentações locais e internacionais exige que os gestores estejam sempre atualizados sobre mudanças legislativas.
  3. Inadimplência e volatilidade econômica: o aumento da inadimplência em tempos de crise econômica pode afetar negativamente a qualidade dos recebíveis.

Com essa gama de oportunidades e alguns desafios a serem observados, é crucial que você refine suas estratégias de investimento para que aproveite o melhor dos FIDCs. 

Evolução dos FIDCs

Os FIDCs têm recebido grande destaque como um veículo eficiente para a securitização de recebíveis, que pode ser utilizado como um belo atrativo para os investidores que pretendem diversificar seu portfólio. 

Atualmente, o mercado de FIDCs no Brasil vem crescendo de maneira formidável. Somente em 2023, o patrimônio líquido total registrado foi de R$ 441,27 bilhões através de 2.333 fundos, já considerando os FIC-FIDCs. 

Abaixo, um levantamento desenvolvido pelo núcleo uqbar traz a dimensão de FIDC entre dez/2022 a dez/2023: 

Esses números expressivos refletem um ponto que é de consenso público: houve aumento da confiança dos investidores neste instrumento financeiro.

RCVM175 e impactos nos FIDCs

 

A evolução dos FIDCs também demonstra que a RCVM175 impactou bastante nesses fundos, especialmente pela democratização do acesso a investimentos mais sofisticados pelo varejo, além de promover maior transparência e proteção aos investidores, ocasionando benefícios para o mercado financeiro como um todo. 

Essas alterações podem beneficiar você na gestão de sua carteira de investimentos, uma vez que as chances de haver aumento na base de investidores, diversificação de fontes de capital e maior volume de recursos são maiores. 

  1. Aumento da base de investidores: a possibilidade de captar recursos de um público mais amplo amplia significativamente a base de investidores potenciais, proporcionando maior liquidez aos fundos.
  2. Diversificação de fontes de capital: com a entrada de investidores de varejo, os gestores podem diversificar suas fontes de capital, reduzindo a dependência de grandes investidores institucionais.
  3. Maior volume de recursos: a ampliação da base de investidores pode levar a um aumento no volume de recursos administrados, permitindo aos gestores investir em uma gama mais ampla de ativos e implementar estratégias de investimento mais diversificadas.

O reforço na transparência e governança também pode ser aproveitado por você, visto que esses pontos atraem investidores mais conservadores. Até porque, atualmente, há a necessidade de divulgação mais detalhada de informações sobre ativos subjacentes, sobre a estrutura dos fundos e sobre os riscos associados. 

  1. Confiança do investidor: Maior transparência e melhores práticas de governança aumentam a confiança dos investidores, o que pode resultar em maior captação de recursos.
  2. Melhoria na gestão de riscos: A obrigatoriedade de divulgações detalhadas obriga os gestores a manter um controle mais rigoroso sobre os ativos e riscos, melhorando a gestão do portfólio.

Outro ponto relevante que RCVM175 trouxe foi a simplificação e flexibilização das estruturas dos Fundos, tornando o processo de constituição e operação dos FIDC’s mais ágil e menos burocrático, o que facilita bastante a rotina de administradores de gestoras de investimentos. Soma-se a isso uma maior flexibilização na composição dos ativos dos fundos, possibilitando melhores formas de adaptação às condições de mercado e às necessidades do público. 

Com isso, há duas vantagens principais que podem ser utilizadas por gestores de investimentos: 

  1. Redução de custos operacionais: A simplificação dos processos regulatórios pode reduzir os custos operacionais dos fundos, aumentando a eficiência e a rentabilidade.
  2. Agilidade na adaptação ao mercado: Maior flexibilidade na composição dos ativos permite que os gestores reajam de forma mais rápida e eficaz às mudanças nas condições de mercado, capturando oportunidades emergentes e mitigando riscos.

Apesar de esses impactos favorecem as gestoras de investimentos, é importante atentar-se a aspectos fundamentais relacionados à gestão de riscos e compliance na gestão desses recebíveis, os quais ajudarão você a continuar desenvolvendo uma boa performance. 

 

Fortalecimento das práticas de compliance 

 

Outro ponto importante da RCVM175 foi o reforço quanto às exigências de compliance, as quais provocam os gestores a adotarem práticas mais rigorosas no controle e monitoramento dos fundos. 

Isso inclui revisões nos procedimentos da gestora, como a implementação de políticas de investimentos claras, auditorias independentes regulares e o uso de tecnologias exclusivas e que atendam a essas necessidades adoção de práticas rigorosas. 

Mas as novas exigências podem ser vistas de forma positiva por você, gestor de investimentos. Quando uma gestora de investimentos se apresenta ao mercado com esses pontos regularizados, ela tem a oportunidade de se destacar em relação à sua concorrência. 

Além disso, a própria gestora se esquiva de problemas futuros, especialmente com a redução de riscos legais e regulatórios, afinal, práticas de compliance mais robustas atuam justamente na mitigação desses riscos legais e regulatórios, protegendo você contra eventuais sanções e até litígios. 

Também há de se mencionar a melhora no controle interno, que com práticas de compliance mais coerentes, resultam em uma gestão mais eficiente e controlada dos fundos, aumentando a segurança e a sustentabilidade dos investimentos. No fim, reforçar suas práticas compliance só beneficia a si próprio. 

 

Securitização de um direito creditório através de um FIDC

 

Os FIDCs também permitem a securitização de direitos creditórios, especialmente pelo fato de esses recebíveis serem transformados em ativos negociáveis, os quais podem ser vendidos para investidores. Este processo não apenas oferece maior liquidez aos originadores dos recebíveis, como também diversifica o risco para os próprios investidores. 

Para gestores, dentro da securitização, é essencial manter um controle rigoroso sobre as cotas subordinadas e seniores do FIDC, garantido que os riscos sejam adequadamente negociados. E especificamente em relação às cotas seniores, é preciso dar atenção especial, pois aqueles que a escolherem esperarão exclusividade no tratamento de seus investimentos. 

Aliás, a saber, a securitização de direitos creditórios envolve a conversão de recebíveis, como faturas a prazo, contratos de financiamento e outras operações com cunho de direitos creditórios, em títulos de créditos que podem ser negociados. Este processo é realizado por meio de um FIDC, que compra esses direitos creditórios da empresa originadora (aquela que possui os recebíveis) e emite a cota para os investidores. 

Esse processo inclui 4 etapas principais, sendo: 

  1. Identificação e seleção dos direitos creditórios, onde a empresa originadora identifica os direitos creditórios que serão securitizados, geralmente escolhendo aqueles que possuem menor risco de inadimplência — para agregar vantagens para a sua carteira de clientes; 
  2. Criação do FIDC, para adquirir os direitos creditórios selecionados. Este fundo é estruturado com base em regulamentações específicas, principalmente as estabelecidas pela CVM
  3. Emissão das cotas, onde o FIDC emite cotas que serão vendidas para os investidores. Essas cotas podem ser seniores (com menor risco e retorno mais estável) ou subordinadas (com maior risco e potencial de retorno); e, 
  4. Gestão e monitoramento, uma vez que você, gestor, precisa ser responsável por gerenciar os ativos do fundo, garantindo que os pagamentos dos recebíveis sejam feitos conforme esperado, distribuindo os retornos aos investidores. 

A securitização oferece muitos benefícios para o mercado financeiro, ressaltando-se as empresas e investidores: 

  -Empresas: podem ter liquidez imediata, melhorias na gestão de capital e redução de riscos, uma vez que, ao transferir os direitos creditórios para o FIDC, elas reduzem sua exposição ao risco de inadimplência;

  -Investidores: podem contar com diversificação de portfólio, com um potencial de retorno bem atrativo e com transparência e segurança, principalmente quando consideramos que um dos objetivos da RCVM175 foi justamente garantir isso.

Melhores práticas para controlar e monitorar carteiras de direito creditório

 

Destinar seu tempo hábil para desenvolver estratégias eficientes para o bom desempenho da sua carteira de clientes envolve adotar práticas para controlar e monitorar as carteiras de direitos creditórios, em especial o uso de tecnologias que tenham sido desenvolvidas exclusivamente para essa finalidade. 

O uso dessas tecnologias agregam maior confiança aos investidores e demonstram uma abordagem, pela gestora de investimentos, de maior estrutura e proatividade, demonstrando inclusive maior preocupação com a saúde financeira das carteiras. 

Com essas práticas, é possível realizar: 

  1. Análise rigorosa de crédito, as quais possibilitam maior controle quanto a enquadramento legais e de políticas de investimentos, inclusive relacionadas a risco de mercado/stress como risco de liquidez; 
  2. Relatórios complementares, seja mensal ou diário, com as principais informações da carteira de direitos creditórios, inclusive por meio de arquivos editáveis. 

Você, enquanto gestor de investimentos, também precisa implementar políticas de investimento claras, uma vez que elas são cruciais para manter a disciplina e a consistência na gestão da carteira. Pense conosco: uma vez que a nova regulamentação exige práticas mais robustas, as chances de haver destaque no mercado aumentam quando você demonstra que aplicou tais práticas em diversos pontos estratégicos da sua gestão. 

Essas políticas precisam ter, necessariamente: 

  1. Critérios de seleção, estabelecendo pontos específicos para a seleção de direitos creditórios, incluindo limites de exposição a setores, tipos de devedores e, claro, os prazos; 
  2. Limites de exposição, definindo limites de exposição para evitar concentrações excessivas em um único devedor ou setor; e,
  3. Regras de balanceamento, implementando disposições para rebalancear a carteira periodicamente, garantindo que a diversificação e os limites de risco sejam constantemente mantidos. 

Também dentro das melhores práticas, é fundamental que você conte com apoio para controle e monitoramento das cotas subordinadas e seniores dos FIDCs. 

  1. Cotas subordinadas: estas cotas absorvem primeiro as perdas, protegendo as cotas seniores. É importante monitorar de perto o desempenho das cotas subordinadas para garantir que elas continuem a fornecer a proteção esperada.
  2. Cotas seniores: estas cotas têm prioridade nos pagamentos e são menos arriscadas. Manter a integridade e a segurança dessas cotas é essencial para atrair investidores conservadores.
  3. Rebalanceamento das cotas: ajustar a proporção de cotas subordinadas e seniores conforme necessário para manter o equilíbrio entre risco e retorno.

Mas não fique preocupado com o volume de atividades que as melhores práticas requerem, pois soluções como a da BRITech oferecem funcionalidades avançadas e exclusivas para gestão de riscos, compliance e monitoramento contínuo das carteiras, o que vai contribuir bastante para que você tenha uma visão clara e detalhada do desempenho dos ativos que estão sob sua responsabilidade. 

E pensando em ajudar ainda mais você, convidamos o José Munhoz, nosso Head of Custom Systems Business, para demonstrar como, através de uma plataforma desenvolvida exclusivamente para controle e monitoramento da carteira de direitos creditórios, a BRITech pode auxiliar os gestores nesse desafio. Assista clicando aqui

A gestão de riscos realmente desempenha um papel fundamental na maximização dos retornos de investimentos e na mitigação de riscos. Além disso, a evolução dos FIDs e as recentes alterações legislativas impactaram bastante o mercado financeiro. 

E implementar as melhores práticas de gestão de riscos, inclusive utilizando tecnologias exclusivas e inovadoras, é a melhor solução para que você permaneça atingindo bons resultados, alcance suas metas periódicas e seja um ponto de referência confiável para os seus clientes. 

O aprofundamento contínuo em conhecimentos essenciais também faz parte desse pacote, e vai ajudar você a continuar performando bem em um mercado tão acirrado quanto o financeiro. Por esse motivo, convidamos você a explorar nossos conteúdos desenvolvidos especialmente para apoiar você nesses desafios. Acesse clicando aqui!

 

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